Já o combóio não pára
Aqui, na minha estação.
Já esta ferida não sara
A que trago no coração.
Vou p'ra outro apeadeiro
Quem sabe tenha mais sorte
Sofro dores do mundo inteiro
Já não há dor que suporte.
Viajo para parte nenhuma!?
Que o combóio não pára aqui
Não vos levo notícia alguma
Mitigo a sede por aí...
E por aqui ando à mercê
O olhar em busca duma certeza
No coração chama que ninguém vê
Um tempo vencido, a alma presa.
Sonho que não acaba, de resto!?
Àgua mole, teima até que fura.
Sou poeta escrevo modesto...
Na poesia esvazio a ternura.
Até a angústia me perguntava
Que é da Vida? Que vida ausente!
Transformo em luz noite cerrada
Desdenho da ansia da mente...
O Poeta versa e rima...
Ou não rima e versa apenas!?
É sempre poeta inda por cima,
Ri e chora das suas penas.
Vou chegando ao apeadeiro
Só trago comigo meus escolhos
Vou limpar o rosto primeiro
Lágrimas saudosas dos olhos.
Não pára o combóio na estação
Sigo a pé, vou confiante...
Versos, não vos trago eu não!
Trago sonho de pobre viandante.
rosafogo
natalia nuno
Trovas de 5/2008
Trovas de 5/2008
Viajar é nascer e morrer a todo o instante .
ResponderEliminarBeijo.
Às vezes receio a viagem.
ResponderEliminarObrigado p'la visita, um abraço.