terça-feira, 8 de março de 2011

QUADRAS SOLTAS X





Já passou a tempestade
O mar da vida acalmou
Deixou por cá a saudade
Dentro do peito ficou...


Corre a água na ribeira
Na ansia de chegar ao rio
Se não estás á minha beira
Fica-me a vida por um fio.


Que bom que aprendi a ler
Nos teus olhos, olhos meus
Neles leio o bem-querer
Feitiço que me leva aos céus.


Dou um passo, outro passo
Não só dois,  mas sim três.
Na esperança do teu abraço
Ou dum beijo que me dês.


Há olhos que dizem tudo
E bocas que não dizem nada
Vale mais ser-se mudo...
Que ter língua desenfreada.


Há por aí tantos Poetas
Sem saber ler nem escrever
E há tantos, tantos patetas
Julgando  tudo saber...


Mas que saudade sem fim!
Que sinto, nem sei de quê?!
É como um feitiço em mim...
E a quem eu quero nada vê.


Meus olhos viram de tudo
Já  são valetas de rua
Onde corre um rio mudo
E a minha alma vai nua.


Dizes que sou marmelada
Feita em tacho de barro
Dizes que sou tua amada
Já toda em ti me amarro.


natalia nuno
rosafogo
imagem retirada do blog-imagens para decoupage

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