terça-feira, 17 de maio de 2011
DOCE ILUSÃO
Me abandono à vontade
Resta alguma esperança
Bem no fundo é a saudade
Dos tempos de criança.
É como sede que nasce
Um desejo, uma ternura
Agarram-se sonhos, faz-se
Dos pesares uma ventura.
Lembrar é morrer menos
Se o amanhã não viesse!?
Deixo-me a fazer acenos
Talvez a criança regresse.
Barulho na minha cabeça
Já meu rosto não lembro
Tudo faz com que endoideça
Era Agosto ou era Setembro?
Era tarde bem soalheira
Lembro agora com espanto
Tinha os meus à minha beira
Hoje os recordo em pranto.
Recordo até a fotografia
De tão doce realidade
A sorrir minha mãe dizia
Todos juntos que felicidade.
Procuro então encontrar-me
A mim mesmo, ainda agora
Sinto os braços a abraçar-me
Herança deixada dessa hora.
rosafogo
natalia nuno
imagem blog decoupage
quadras de 2000
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