Saudade II
Como estrelas vagabundas
Andam memórias à solta
Águas negras profundas
Um deserto à minha volta.
Exausta e envelhecida
Em mim a tempestade
Fico jangada perdida
Ao abandono da saudade.
Não reconheço a imagem
Que no espelho se reflecte
Sou já do vento a aragem
Minha memória se repete.
É a saudade o refúgio
Onde me sinto segura
O futuro é subtefurgio
Que nada de bom augura.
O sonho trago escondido
Posto em lugar seguro
Meu coração ofendido
É como um cristal duro
Trago meu peito rasgado
Com medo de perder-te
De ciúmes povoado
Ai quem dera esquecer-te.
Fevº 2009
rosafogo
natalia nuno
imagem-blog decoupage
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