domingo, 3 de julho de 2011
PORQUE ME CALO
Hoje ao meu canto recolhi
Até pareço envergonhada!
Como rouxinol, ou bem te vi,
Hoje, sinto-me engaiolada.
Sou como gata escondida
Por trás do muro no escuro
Ando de amores perdida
Num vôo que não é seguro.
Cai meu tempo de ilusão
Meus dedos rasgam o frio
A memória esquece a paixão
E com o passado cortou o fio..
Já nada mais vai regressar
Nem o passado à memória
É o presente a ameaçar
Passou o instante de glória.
Os conhecidos partiram...
Onde estão? Em algum lugar!
Onde decerto não me viram
Onde um dia os vou encontrar.
Já vai avançada a tarde
E eu sem rumo nem beira
Perdida me deixo na saudade
Estarei cá até que DEUS queira.
Sou como o eco das águas
Se ouve ao longe murmurando
Na memória insistem as mágoas
Da vida que vou deixando.
rosafogo
natalia nuno
3/06/2011
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