terça-feira, 6 de dezembro de 2011

QUADRAS ENCADEADAS I



Quadras encadeadas, criadas no site HORIZONTES DA POESIA, onde colaboro.


Pr'o poeta responder
Numa poesia forjada
Pois tem pouco a dizer
Já vai no fim da estrada.

- O QI que a bela tem
- Devia ser importante!...
Mas não interessa a ninguém
Basta ser bela e ignorante.

E todo o resto é uma seca
Que não ata nem desata!
Pega aí numa rabeca
Que já do fado se trata.

Já lá tem dinheiro a mais
mas só nos bolsos de poucos
Pois a pobreza já é de mais
E a fome já é de loucos.

Daqui de longe os saúdo
Vestida de verde e vermelho
Acolhedor, perdeu quase tudo
Este País gentil, pobre e velho.

De mel vira em amargor
Um dia não aguenta mais
Lá se perde um grande amor!
Mas logo noutro tu cais...

Se beijar o meu amor
É como dia de festa!
É receber a luz e o calor
Que o astro rei empresta.

Fazer feliz quem gosta de mim
É a minha grande preocupação
Pois então se não fosse assim
Não era Amor, isso não!

Algo que se esquecesse
Talvez a raiva da traição
Quem sabe merecesse
Uma tão grande desilusão

Devolvendo-nos a pureza
Que esvoaça distante já!
Barco já sem leme da beleza
Inocência que ficou por lá.

Faz nosso jardim florir
O sorriso duma criança
Pois só de vê-la sorrir
Nasce de novo a esperança

Sem fazer grandes juízos
Ninguém melhor que ninguém
Todos somos iguais a narcisos
Pouco nos importa outro alguém.

Já o Povo se queixava
É só o que sabe fazer!
Não se mexe para nada
Deixa tudo acontecer.

Que só Ele nos traz a Paz
Acorda aves da lembrança
Pra ver se o Homem é capaz
De dar ao Mundo esperança

Se nos respondem que não!
Ou respondem com violência
Damos música ao coração
Amigo escuta com paciência!

Por esta vida tão breve...
Como alcançar a felicidade?
Menina que eu era alegre
Hoje dela trago saudade.

E...lágrimas no quotidiano!
Nem sequer pão para a boca
Na vida sómente desengano
A sorte de alguns tão pouca.

Para tentar colar os cacos
Do capitalismo esse tirano
Que nos deixou só patacos
E...lágrimas no quotidiano!


natalia nuno
rosafogo
estas quadras  não têm nada e comum, dado cada uma estar encadeada numa outra doutro Poeta amigo, mas como não quero perdê-las dado que são minhas aqui ficam para recordação.

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