quarta-feira, 28 de novembro de 2012

lembranças d'outras eras

 
 
pende o ramo do salgueiro
tristemente sobre o rio...
das madressilvas o cheiro
aldeia quem a vê, quem a viu!
 
esplendorosa brancura
nuvens novelos de lã
olhar abstracto, ternura
telhados de telha vã
 
trigo...cevada...aveia
todos o vento saudando
a paisagem não é feia!
espantalho afugentando
 
demónios e ruindades
nutridos pela má língua
logo se zangam comadres
a amizade morre à míngua
 
ai a pureza das coisas
longuínquos pensamentos
ouvindo coisas e loisas
sombreados de lamentos
 
consola-me como benção
este recordar com saudade
trago a aldeia no coração
recordo-a com docilidade
 
natalia nuno
rosafogo
imagem da net




Sem comentários:

Enviar um comentário