domingo, 13 de janeiro de 2013

trovas à solidão

 
 
sem rumo andam os passos
horas mortas sem alegria
para que servem os braços
nesta tarde de inverno fria?
 
dias inúteis tão sombrios
onde há tédio e dá o sono
fiquei sem sonhos parti-os
sou flor azul ao abandono.
 
flor que ficou p'lo  jardim
rosa que um dia cheiraste
partiste levaste-me a mim
e também em mim ficaste.
 
flor que um dia colheste
pois eu sei pra mim olhaste
mas amor nunca me deste
foste embora não voltaste.
 
flor sem ninguém ao lado
fim de tarde, sol de inverno
vida inteira tempo apagado
sonhando amor eterno...
 
natalia nuno
rosafogo
imag.net.
3/2005

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