terça-feira, 22 de janeiro de 2013

trovas...eu sou!

 

 
 
eu sou brasa sou fogo
um cardo no caminho
faço da vida um jogo
o fim anda pertinho
 
sou nocturno sossego
raio de sol ardente
não largo, não despego
sou ao longe o poente
 
sou a lágrima o pranto
sou flor que desabrocha
sou arrebol, desencanto
sou a chama duma tocha
 
sou a lua milenar
sou fogo sem ambição
a esconder o meu pesar
neste verso de aflição.
 
sou a voz do sino
que se ouve no arvoredo
voz de menina ou menino
que vive sempre com medo.
 
«sou talvez a ventania»
que passa e agoniza...
não sou mais eu hoje em dia
só saudade em mim desliza.
 
natalia nuno
rosafogo
imagem net






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