sábado, 3 de agosto de 2013

nada sou por ora...



já o silêncio se adensa
dobro vida com brandura
vibro com a tua presença
reparto contigo ventura

fui alvorada, sou poente
gargalhada...soluço agora
sou foz, já fui nascente...
tudo e nada sou por ora!

sou feita de pedra e cal
sol a ficar na penumbra
à vida não quero mal...
pois ainda me deslumbra

tempo a chamar por nós
e o silêncio nos assedia
ignoremos o tempo atroz
que nos usurpa mais um dia.

natalia nuno
rosafogo



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