o eco d'alma...
ouvi tocar o violino
numa seara de trigo
afinal era velho sino
e a partida dum amigo
adensa-se a neblina
a terra manto cinzento
anda a morte à esquina
no olhar o alheamento
caem folhas a esmo
como a vida se esgotou!
nada volta a ser o mesmo
desde que inverno chegou
olho agora para trás
tanto caminho a acenar
meu apelo ainda é capaz
à vida, sonho voltar...
e se a noite me amordaça
e o dia me causa frio
ultrapasso a ameaça...
mas, fica a vida por um fio
já a vontade se recusa
fica presa na saudade
amortalha-me morte intrusa!
mas chega com suavidade.
natalia nuno
rosafogo
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