domingo, 17 de agosto de 2014
trovas soltas...cheias de nada
palavras são tempestade
chuvadas e vento forte
são saudades da saudade
que persegue até à morte
lágrimas secam no rosto
a calma volta ao coração
no mais fundo o desgosto
vai mudando de posição
és o mel que me adoça
minha luz da madrugada
amar-te sempre que possa
e me queiras tua amada...
o teu olhar me rodeia
são teus beijos o fogo
és luz da minha candeia
que ao ver-te ateia logo
meu coração desespera
logo chegas sem aviso
no vazio à tua espera
partes quando mais preciso
e que dor que o peito sente
clemente vai soluçando
cada vez que estás ausente
morre um pouco te esperando
a vida é feita de nadas
de solidões e tristeza
uns dias ensolarada
outros feita de incerteza
este tempo adverso
nem me deixa esquecer
ateia a saudade no verso
temo a solidão de a ter
nasci numa segunda feira
terrível dia de inverno
aqueceram-me à lareira
vim do céu para o inferno
são simples minhas trovas
falam com simplicidade
não são velhas e nem novas
nelas prolifera a saudade
as mãos cheias de nada
no coração a saudade
eu e os poemas dizemos
«Obrigada»
vosso apreço é nossa vaidade
natalia nuno
rosafogo
Março 2009 aldeia
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