quarta-feira, 22 de outubro de 2014

instantes d'alma...trovas soltas



sigo até ao fim da margem
deste rio feito de nostalgia
num sonho curto à imagem
da minha...perdida um dia.

no rosto um amargo traço
sem a visão da  primavera
morto, o inverno a um passo
rosto onde o tempo lidera

o olhar de névoa baça...
mocho adivinha o lamento
inspiração, o vento q'passa
riso asfixiando, sem tento.

o peito se abre de negro...
palavras ditas e que escrevo
são a chave do meu segredo
tudo o que à Poesia devo...

fim da tarde, manhã cedo
assim vou enganando a idade
sigo a margem sem medo
no peito... levo a saudade!

natalia nuno
rosafogo
11/2008



2 comentários: