quarta-feira, 8 de julho de 2015
versos magoados...soltas
no parapeito se debruçou
a pobre rosa desfolhada
já não lembra a quem amou
ou se algum dia foi amada
na mansa água do rio
e na copa do arvoredo
a batida do vento frio...
bate-lhe na alma o medo
coração ninguém curou
as mágoas de algum dia
só saudade nele brotou
Poeta de alma vazia...
se nada sabeis de mim
nem porque canto m'penar
pesada ou leve por fim
solto a febre do meu cantar
choro a saudade que tenho
geme a alma tom plangente
se eu não sei ao que venho
meu mundo é novo e inocente
é que de lá de onde vim
havia margens floridas
se nada sabeis de mim
não toqueis minhas feridas
a porta que atravessei
faz tempo perdi a conta
foi para sempre...agora sei!
a morte chega e confronta
pedaços de mim eu levo
e coragem para a partida
a olhar atrás nem me atrevo
prá vida que não é vida...
natalia nuno
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