segunda-feira, 7 de setembro de 2015
meu torrão...trovas singelas
desci ao nosso lugar
ali me veio a ventura
a ventura de te amar
debruada de loucura
coitadinho do salgueiro
vendo-nos de mão na mão
segredou ao rio... ligeiro
ai que emoção, que emoção
e os dois por companhia
logo o sol envergonhado
por entre folhas reluzia
com seu rosto alaranjado
fomos então até ao adro
mão na mão nos deu jeito
formámos um belo quadro
o povo olhou satisfeito
olhei o pote na fonte...
ai que saudade me deu
e ao olhar o horizonte
sonhei com um beijo teu
sentei-me ali no chão
a olhar o rio manso
minha terra meu torrão
tudo em ti é remanso
recolhi meu pensamento
e esqueci as tempestades
tuas vielas... são alentos
minhas memórias saudades
a alma de alegria cheia
sei é sonho, não enjeito!?
à aldeia não sou alheia
seu amor banha-me o peito
será obra da idade?
ou porque a vida é escassa?
é recordação da mocidade!
saudade que em mim enlaça...
natalia nuno
rosafogo
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