domingo, 15 de janeiro de 2017

palavras sem brio...trovas soltas




olhando o meu vazio
e o tempo esquecido
e as palavras sem brio
quase o pulsar perdido

já a memória assume
que tem sinais de caos
desgastada com o lume
rememora pedaços maus

detrás do véu de bruma
o véu  da minha vida
esperança coisa nenhuma
o sonho... coisa banida

minha vontade obsessiva
nem sei que procuro inda
talvez amanhã esteja viva
recupere a alegria ainda...

memórias a sós vencidas
aliadas ao desalento
palavras ao vento erguidas
engendradas são intento

neste espaço que m'acolhe
entorpecida me encandeio
fugaz lágrima não m'molhe
que já o verso levo a meio

e seja de imensa alegria
faça-se a história total
regresse com ironia
a saudade pra meu mal

natalia nuno
rosafogo











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