MEUS OLHOS
Turvos meus olhos, cinzas frias
Trémulos meus pés já sem tino
Lastimosos, são os meus dias
Em vão sonhos em desatino.
Minhas ideias dá-las ao vento?
Brigar por elas já tudo em vão!
De que servem meus intentos?
Para fazer sofrer meu coração?
Trago as palavras sossegadas
Que é feito do meu queixume?
Trago-as na boca cadeadas!
E no peito, cravado o gume!
Em meus versos tristes repito
São estes mesmo que eu sou !
Pedras quebradas, um grito
De amor e saudade que ficou.
São muitos os astros nos céus
Tantos que nem sei contá-los
Tantos são já os passos meus
Que lágrimas verto ao chorá-los.
natalia nuno
rosafogo
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