sábado, 31 de agosto de 2013
deixo pégadas...
que te fiz eu ó saudade?
que me segues pra todo lado
a lembrares-me a mocidade
não esquecer... é o meu fado.
anda o tempo a dizer
heras em mim enlearam
como podem elas crescer?
se meus sonhos acabaram.
cresce a urze e o alecrim
neste bendito chão...
na raiz que tenho em mim
também cresce a solidão.
sou desabrochar das folhas
trago flores no olhar
meu amor quando me olhas
sinto as correntes do a(mar).
nos meandros do caminho
deixei frescas as pégadas
quero encontrar teu carinho
em manhãs acordadas...
és o rio onde navego
e eu romanzeira em flor
meu fruto eu não te nego
navega em mim por favor.
és meu pão, meu fermento
eu seiva dos teus desejos
sê estrela do firmamento!
e vem cobrir-me de beijos.
anda a tarde pela colina
monte acima monte abaixo
quem me dera ser menina
reluzindo como um facho.
natalia nuno
rosafogo
2009
trovas soltas
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