quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Chamar-lhes ía «saudades»




anda ave de mau agoiro
da noite escura ela veio
agora que o sol é oiro
alegra m'alma em cheio
 
o sofrer também é vida
mas é demais ter-se cruz
se deixamos cair vencida
ao desânimo nos conduz
 
uma cruz trago ao peito
uma cruz de prata fina
a pedir um amor-perfeito
do tempo que era menina
 
é meu coração que sente
se não tem n' ar, nem luz
pede amor sofregamente
assim carrego esta cruz
 
de tempo não há fartura
é escasso e chega ao fim
lembrança sempre perdura
hoje é o que resta em mim
 
natalia nuno
rosafogo

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