domingo, 25 de setembro de 2016

palavras...trovas soltas



vou contendo o meu brio
dia a dia m' olho ao espelho
trago a vida por um fio?
ou é o espelho que é velho?

como uma onda levantada
eu nasci para ter voz
trago uma sensação amada
que levo da nascente à foz

a vida sempre se renova
não obstante o que mudou
daí que me sinta sempre nova
não a que o espelho m'mostrou

mas na mente aquela incerteza
que me fala na sua mudez
que me causa certa estranheza
que é preço que pago...talvez!

amo a liberdade e amo a vida
e até à morte assim vou ser
num fogo alto e destemida
pagarei o preço d'sonho a arder

sinto a mordida da poesia
incrédula observo-a c'atenção
o sangue que a sente quem diria
é esperança que aponta c' precisão

natalia nuno




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