com unhas afiadas do vento
e lágrimas da chuva sem parar
embacia o meu pensamento,
e a morte sem tempo pra me dar
árvores em grande crepitação
abandonada eu ao esquecimento
como pedra descalça pelo chão
coração desterrado e sem alento
escondido resto de voz apagada
uma bolha d' angústia quebradiça
expande-se no peito, e já cansada
quebro o meu fluir fico submissa
arrojo-me até às ruas dos anos
em atitude de espera, vou caindo
estilhaços, em pedaços desenganos,
desbravando sorrisos, vou sorrindo!
natalia nuno
rosafogo
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