na terra ocre dos olivais
era imenso o azul do céu,
nos ramos cantavam pardais
e a este mundo chegava eu
perco-me já na memória
no entanto nunca esqueci
pássaros da minha história
q' cantavam quando nasci
trinados, música, nostalgia
sol, astro e companheiro
à raiz profunda me prendia
naquele primeiro Janeiro
tocada p'las ondas do vento
acabavam canções de estio
oscilava o meu pensamento
na fronteira do inverno frio
ao chegar os confins da tarde
as pálpebras da bruma abri,
rapariga alegre de verdade
inicia seu despertar, o rio ri.
logo as borboletas fazem soar
o rebuliço da minha chegada
uma folha em branco a elevar a
terra que seria plo Poeta amada.
natalia nuno
imagem pintarest
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