segunda-feira, 2 de maio de 2011
NEGRUME NO CÉU
Passa um bando no céu
Levam o tempo apressado
Vestem de negro como eu
Têm seu destino talhado.
Desenham negrume no céu
Vestem luto as andorinhas
O sol se pôs, a lua ergueu!
Lá levam saudades minhas.
Lá vão elas de abalada
Eu numa abstracta apatia
Quem nunca sofreu calada?
As lembranças d'algum dia?
Lá estão elas de partida
Quem sabe para onde irão?
Há muito perdi a Vida!
Quem me trará consolação?
Pretas são as suas penas
Lá vão, outras virão...
Nossas Vidas tão pequenas
Queira Deus não sejam em vão.
O que há-de ser, há-de ser!
Já minha mãe então me dizia
Que um dia se há-de morrer
Mas nunca antes desse dia.
Andorinhas deixam saudade
Quem sabe voltarei a vê-las
Já vou tão longe na idade
Como longe de mim as estrelas.
natalia nuno
rosafogo
imagem do blog-imagens para decoupage.
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2 comentários:
"a chuva põe-me grades na janela
um voo de andorinha
restitui-me o espaço"
Abraço.
Lindo teu comentário, me deixáste a reflectir, e
já inspirada para nova poesia.
Grata amigo Manuel.
Esta semana está a ficar apertada.
Beijinho
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