terça-feira, 21 de junho de 2016

desilusões...trovas soltas



se um barco me levasse
cruzava mãos no regaço
e se o mar me embalasse
adormecia no teu abraço

trago olhos naufragados
de tantas lágrimas verter
no meu rosto  traçados
os sinais deste sofrer

amanhã quando morrer
vais dizer: pobre coitada!
levou a vida a escrever
vai só e ...não leva nada

se uma estrela se apagar
os sinos tocarem dobres
se a morte me embargar
versos deixo mais pobres

e o drama de não saber
e de nem sequer supôr
 amarras me irão prender
se  te deixo por cá amor.

já ouço mochos calados
sussurra o vento. mistério
soam ecos ensombrados
é a morte...não há remédio

natalia nuno
rosafogo


drama...trovas soltas



se um barco me levasse
cruzava mãos no regaço
e se o mar me embalasse
adormecia no teu abraço

trago olhos naufragados
de tantas lágrimas verter
no meu rosto  traçados
os sinais deste sofrer

amanhã quando morrer
vais dizer pobre coitada
levou a vida a escrever
vai só e ...não leva nada

se uma estrela se apagar
os sinos tocarem dobres
e a morte me embargar
versos deixo mais pobres

e o drama de não saber
e de nem sequer supôr
 amarras me irão prender
 deixo-te por cá amor...

já ouço mochos calados
sussurra o vento. mistério
soa um eco ensombrado
é a morte sem remédio

natalia nuno
rosafogo


sexta-feira, 17 de junho de 2016

óh terra se te não via...



esse resplendor de esperança
que a todos ainda nos cabe
vem de longe desde criança
da m' felicidade é a chave

inda a terra é quem me fala
numa subtil melancolia...
e a saudade no peito se instala
a toda a hora da noite e dia

nos meus olhos a água pura
no peito as sombras do estio
cruzo o verde com ternura
os pássaros trinam com brio

canção de pássaro nostalgia
a frescura do vento nascendo
óh terra se te não via...
fugidia  m' alegria...morrendo.

incendeiam-se as cores no céu
erguem-se salgueiros ao eterno
vem a noite é escuro de breu...
derramam as chuvas é inverno

e os sussurros no salgueiro
plumagens que se agitam 
a calhandra, o melro primeiro
e as rãs  que no rio gritam...

ecos em mim deixou a terra
sem nunca se terem apagado 
entre m´pálpebras se encerra
densas imagens do passado

de repente é dor que percorre
um caldal de tempo na memória
a eterna saudade que não morre
lembranças em tumulto, m' história.

natalia nuno





terça-feira, 14 de junho de 2016

delírio...trovas soltas



a quem amo e amarei
não vou dizer a ninguém
só ao Santo confiarei...
trago m' olhos em quem
cansada de não achar
lá lhe peço volta e meia
um rapaz me há-de dar
peço-lhe eu à boca cheia
pra sempre minhas penas
a ele lhas hei contado...
é claro...coisas pequenas!?
d' agora e do passado...
o Santo de tão cansado
de lhe cobrar tanta fadiga
responde...ai mas que fado!
cala-te lá rapariga...

natalia nuno