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sábado, 21 de junho de 2025

deixei tudo adormecido...quadras soltas






mil razões que não entendes
que respostas hei-de dar-te?
digo não ao que pretendes
mas vou continuar a amar-te

passam noites passam dias
há sempre um mar a açoitar
perdidas minhas alegrias
tão farta de te por ti esperar

lavro meu novo caminho
tempo deixei adormecido
e as lágrimas sem sentido
e o calor do teu carinho

já não encontro o pranto
ignoro o que o coração sente
e os sonhos por enquanto
não fazem parte do presente.

natalia nuno
mais umas quadras que andavam
perdidas por aí em folhas soltas
imagem pinterest

o tempo foge... quadras soltas



do tempo já pouco sobra
tempo que foi de paraíso
como o tempo passa é obra!
pró tempo que me é preciso

já foi tempo de amar
sou o tempo, sou nostalgia
tempo escusas de apressar
quero viver meu dia a dia

no gume da madrugada
quando a solidão sentir
quero ainda ser amada
sonhar no tempo há-de vir

tempo que não entendo
tudo passa, tudo muda!
nem dá para o que pretendo
quero ficar surda e muda

ter tempo para sonhar
não para levar este inferno
gelo do coração quebrar
esquecer tempo de inverno

natalia nuno
quadras soltas antigas
1998
imagem pinterest

quadras soltas...esquecidas





sorvo a sopa com vontade
fico sem pensar em nada
vem o peso da saudade
deixa a vida perturbada

folhas soltas soltam, poesia
no coração alecrim florido
na lembrança nostalgia
do tempo ao longe vivido

roo as unhas de ansiedade
quero voltar à minha rua
onde já só vive a saudade
que um dia foi minha e tua

deixo-me em pose de rainha
poesia meu grande tesouro
a saudade nela caminha
transforma-a em prata e ouro

natalia nuno
quadras perdidas em folhas soltas
1998
imagem pinterest


sexta-feira, 20 de junho de 2025

desvario...





 
- cada manhã é distinta...
despertam pássaros barulhentos
apressados meus pensamentos
- até que a vida consinta!

tenho sede d' lugar de quietude
- quando meus olhos fechar
afunda o sol no mar, e a sonhar
- esperada esperança me ajude

hoje m' sorriso no rosto afogou
o passar da nostalgia no caminho
- e esta dor a que me dou
em desvario dela me avizinho.

natalia nuno
imagem pintarest



segunda-feira, 16 de junho de 2025

coração ao pé da boca...quadras


- saudades que vão e vêm
sempre seguindo caminho
- saudades todos as têm...
quando recordam c/ carinho

saudades fruto de melancolia
 - de tanto haver-se vivido!
e no pensamento dia a dia
- o amor que anda perdido

saudades são mar tranquilo
- neste caminhar de solidão
lembram amores, isto e aquilo
- pássaro na imaginação!

saudades  são malmequeres
- que o orvalho despedaçou
só tu sabes se me queres
que atrás de ti não vou...

saudades olhos nebulados
- lamentos dum grande amor
memórias de sonhos atados
que ainda lembro com ardor.

natala nuno
imagem pinterest

sábado, 14 de junho de 2025

quadras...o peso e a inquietude

 vem escuridão à memória
 e teimosia ao pensamento 
 de lembrar toda a história
 como se fosse um lamento


 
 trago o olhar meio perdido
 e o peito tão cheio d'amor
 de tanto, tanto haver vivido 
 já é saudade e ainda é vigor

 trago comigo as mazelas
 nasce em mim a nostalgia
 as saudades ao dar por elas
 são presença dia a dia...

 não tem peso nem medida
 quanta semente cristalina
 fui semeando pela vida
 desde que vim de menina

 
 nos versos deixei despidas
 minhas escritas embaciadas
 foram tantas as despedidas
 tantas partidas e chegadas

 vida com golpes de vento
 urgência d'amor e desejos
 contigo sempre no pensamento
 numa ventura de abraços e beijos

 pois que ainda me cabe o sonho
 sonho onde um céu de estrelas
 possa ser meu sorriso, risonho e
 entornar sílabas d'amor ao vê-las

 deixo atrás à beira do caminho
 a minha frescura de tomilho
 para todos com o meu carinho
 minha juventude agora sem brilho
 
natalia nuno
imagem pinterest
  


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quinta-feira, 12 de junho de 2025

um grito só...

ao levantar de manhã
um pouco de mau humor
minha esperança era vã
perdi da vida o calor

dias todos iguais
a luz do dia caída
afadigo-me por demais
já me fatiga a vida

bocejo sem remédio
os m/ olhos me mentem
ocupa o quarto o tédio
já os anos se sentem

já cai a claridade
eu  nada quero saber
tão pouco da saudade
e da desmemória a crescer

natalia nuno