fui apanhar as estevas
logo murcharam na mão
coração onde me levas?
certezas elas me dão...
entranço na alquimia
o meu chegar ao ocaso
mente feliz, que dia a dia
à felicidade dá aso...
apanhei também alecrim
que viçoso me olhou
quem dera saber de mim
ao que vim, e pra que estou!
vim ver cair as primeiras folhas
«o cheiro das estevas e da urze»
indago o sentido c/ que me olhas
vem o vento ao ouvido me zurze
levo a rebeldia no olhar
violento é o punho dos dias
contra a morte, que há-de chegar!
levando todas as alegrias.
chego-me ao pé da lavanda
cálido murmúrio no coração
beijos o meu amor me manda
serão sonho ou talvez paixão.
o outono da minha tristeza
sento-me ao lado dos aromas
o coração singelo sem certeza...
sou tua luz, por quem me tomas?
amor, já me levas ao sonho
com olhos d'água no horizonte
apenas a esperar me ponho
no desejo de beber da tua fonte.
natalia nuno
2 comentários:
Sublime encanto poético. Li fascinado pela simplicidade e harmonia inserto num poema deslumbrante
.
Feliz fim de semana
Cumprimentos
Grata estimado amigo.
desejo excelente semana-
meu abraço
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