quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

QUADRAS CANTADAS

QUADRAS CANTADAS


Meu nome é bem singelo
Foi-me dado ao nascer
Não que eu o ache belo!?
Mas o conservo até morrer.


Não costumo dar ouvidos
Dizem que poeta é louco
Versos já trago esquecidos
E de poeta tenho eu pouco.


Do que escrevo nada é novo
Mas da minha propriedade...
- Nasci no meio do Povo!
Dele me vem esta saudade.


Falo de mim e do destino
Da alegria e insatisfação
Meu caminho de perigrino
Feito saudade e solidão.


Expresso-me acanhadamente
Nada escrevo, sou coragem
Dirão todos provávelmente
Poeta... de pouca linhagem.


Junto letras, faço traços
Desenho com os meus dedos
Versos são meus cansaços
E meus passos já são ledos.


Trago nas veias a dor
E meu coração já faminto
À terra eu tenho amor...
Já saudades dela sinto!


Lá no alto lá em cima
Lá no sítio onde nasci
Fui trovadora com rima
Foi com rima que cresci.


Sentinela fico à espreita
Nalguma esquina da rua
Lá ao longe o sol se deita
Já me acaricia a Lua...


Cantarei a saudade forte
E a esperança sonho em flor
Cantarei à vida e à morte
Cantarei p'ra esquecer a dor.
natalia nuno
rosafogo

2 comentários:

Avozita disse...

Cantei ao ler as tuas lindas quadras.
Beijinho

orvalhos poesia disse...

Olá Avózita
Ando numa luta para modificar aqui umas coisitas mas não é fácil.
Obrigado por vires espreitar,

beijo