sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

encruzilhadas


 
 
pelo tempo desarmada
ignorei a descida...
cheguei à encruzilhada
afrouxou o sol da vida.
 
o relógio já não acerto
é grande meu desvario
trago no coração aperto
e na alma trago frio...
 
minha palavra saudade
a estrada é meu viver
Deus dá-me a serenidade
há vida em mim a caber.
 
do tempo já ando presa
sem agravo nem apelo
perdi meu remo, incerteza
põe-me o coração em gelo.
 
 os sonhos  são canteiros
de magnólias a nascer...
entre roseiras e craveiros
a alegre dor de os ter...
 
há mel no rio do coração
gaiolas no olhar por abrir
o pensamento vive solidão
a esperança a querer fugir.
 
girassóís curvam a cabeça
fecham olhos e a meditar
aguardam o sol apareça
esperança do verão parar.
 
girassol é o meu coração
que bate com ligeireza...
pede e despede a solidão
ama a vida com inteireza.
 
natalia nuno
rosafogo
imag- net





2 comentários:

Unknown disse...

por vezes não é fácil decidir o caminho.

Beijo.

orvalhos poesia disse...

Nem sempre é fácil, mas com coragem e esperança se vai caminhando.

Beijo, e obrigada.