digo à vida que existo
e à saudade que me invade,
que da mágoa já me disto
faço da ilusão verdade...
e se a vida não me ouvir...
não estou aqui nem ali
talvez que assim a fingir
pense que já a esqueci...
assim morta vou andar
como sonho que sonhei
e num lento acordar...
então á vida direi:
estou enraizada ao chão
todo este tempo por fim
meus dias tristes que são
se tu te esqueces de mim.
sou de repente o inverno
quando já fui lua nova...
verso que se quer eterno
um dos quatro duma trova.
sou maré que sobe e desce
água da fonte cristalina
trova que não se esquece
sou sina da minha sina.
natalia nuno
rosafogo
imag. net
quadras de 2003
quadras de 2003
Sem comentários:
Enviar um comentário