ao tempo arranco o coração
pra que deixe viver o meu
será isto só ilusão?
mas a cada um o que é seu!
deixo marca do meu passo...
deixo o caminho marcado!
que este tempo já é escasso
tudo e nada tem-me cobrado
tempo fatídico há-de chegar
à morte fuga não haverá
fará gota d´agua transbordar
onde fôr a vida me levará...
é de fino ouro esta vida...
mas esvai-se feita em pó
quando a pensamos colorida
é poema que que morre só...
minha escrita é ladainha
ribeiro de água cristalina
nela deixo a mágoa minha
o tempo é ave de rapina.
o pensamento corre veloz
tem medo do esquecimento
e que este tempo atroz...
o cubra de solidão e tormento.
passa-me a vida ao lado
já sinto do tempo o peso
na alma o frio infiltrado
na mão um terço que rezo.
natalia nuno
rosafogo
2003/12
2003/12
Sem comentários:
Enviar um comentário