Quem pode dizer ao mar
não rebente a ondulação
sempre ele há-de rebentar
e eu, o que vai no coração
ainda nada me ouviste
ora sossega e ouvirás
se o coração inda persiste
nele sempre habitarás...
no teu rosto de horizontes
mato a sede com maresia
choram os ribeiros as fontes
choro eu de noite e de dia
sem medo faço a viagem
que já tem data marcada
sou romeira em romagem
trago a vida de mão dada
nada me perturba ou altera
digo-te adeus vou embora
cansei d'estar à tua espera
n'espero nem mais uma hora
cobre o monte a branca neve
o meu coração o cobre o gelo
vou subindo esta vida breve
cumpro a missão com zelo
natalia nuno
rosafogo
2 comentários:
Gosto das tuas "novas... soltas" :)
Um enorme abraço para ti, Natália!!!
Surpresa boa Mª João, grata pela visita.
Um abraço emorme desejando te encontres bem.
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