domingo, 15 de junho de 2014

À vida... soltas 2014



Criei versos fui tecendo
ilusões, pois tudo passa
a mocidade fui perdendo
e com ela perdi a graça

Ondula no campo o trevo
Eu amor, que devo dizer?
Falar-te do meu degredo
Q' d'amar-te ando a morrer?

trago palavras maduras
e nelas trago a verdade
trago amores e ternuras
frutos da minha saudade

é fácil de mim perder-me
entro dentro dos olhos teus
fecho meus a proteger-me
com medo digam adeus

o astro sempre m' alumia
nesta  desolada solidão
exulta o coração de alegria
traz beleza à imaginação

e ardor aos pensamentos
esforço da minha vontade
esqueço todos sofrimentos
lembro só o que dá saudade

natalia nuno
rosafogo


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