ai a vida deste poema,
está prestes chegar ao fim
poema sem rumo nem tema
ai poema, ai de ti, ai mim!
poema cego noite e dia
acompanha-me de menina
penetra em mim nostalgia
mágoa, estranheza, ruína
poema a perder esperança
a consumir-me em mistério
tempo de memória, criança
tempo que eu levo a sério
palpitas p´las minhas veias
és tudo o que fui e esqueci
contradições em mim ateias
ai poema, ai de mim, ai de ti.
encerras nas minhas mãos
as tuas já escassas linhas
saudade tem sins tem nãos
saudades poema são minhas.
natalia nuno
rosafogo
Sem comentários:
Enviar um comentário