tanto que dizer-te queria
com linguagem verdadeira
em versos cantar-te-ía...
como se fosses minha bandeira
me dou a ti toda inteira
como um sol ou uma estrela
com linguagem verdadeira
ou como flor numa aguarela
laço que a ti me prendesse
ou sombra em ti a fundir-me
que a má sina não viesse
e a noite pudesse cobrir-me
abandonar-me às promessas
como leves folhas ao vento
vida insegura às avessas...
mirrar-me de ansioso lamento
amar-te e valer a pena
viver de sonhos pejada
ainda se o amor me envenena
e me traz de nostalgia marcada
enterro meu peito rasgado
perco-me em mar de nevoeiro
e em meus lábios sussurado
o meu grito por inteiro
do outro lado do espelho
onde o olhar me envenena
vejo o meu retrato velho
que ainda a amar-te ordena
ergo ao alto o coração
na boca a doce palavra amor
diz-me amor qual a razão
sim ou não! seja o que fôr!
natalia nuno
rosafogo
imagem net
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