quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
canto vida e morte...
que hei-de supor da vida
nem sei se hei-de cantá-la
já a julgo tão perdida...
mas não canso d'lembrá-la
venho os olhos enxugando
teimosa lágrima caindo
tempos que vou lembrando
e tanta saudade sentindo.
hei-de falar-vos do povo
que alegre seguia em frente
dia a dia nada de novo,
mas era feliz nossa gente
moía o trigo no moinho
e a água corria no açude...
nada o impedia no caminho
gente boa ...ainda que rude
não digo mais nada não!
deixo-me sonhar deste modo
fecho o livro aqui à mão
quero viver o sonho todo...
as tábuas que hão-de pregar
no caixão quando eu morrer
ai, não vale a pena apressar
deixem o pinheiro crescer
e quando acontecer:
olhai meus olhos serenos
e minhas mãos quase frias
não quero lágrimas, acenos
leiam-me antes poesias...
natalia nuno
rosafogo
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