terça-feira, 6 de agosto de 2013
palavra amiga
perde-se na sombra o rosto
coroado de cachos de uvas
lamparina apagada sol posto
qual sol às primeiras chuvas.
a face nas mãos apoiada
com os olhos tão atentos
recordo como era tão amada
hoje os dias tão cinzentos...
afiguro-me a desconhecida
sei que falta, sei bem o quê
de lembrá-la estou esquecida
esmagou-a o tempo já se vê.
sou diferente a cada hora
meu corpo é terra baldia
para ser como fui outrora?
ah! quem de mim lembraria?
ainda que a vida me iluda
e o tempo me persiga...
agora já nada muda...
só a palavra é minha amiga.
natalia nuno
rosafogo
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