segunda-feira, 26 de agosto de 2013

salpico de onda...



passou uma eternidade
e a vida me dá sinais
um beijo dado é saudade
um outro nunca é demais

já são horas de deitar
de deitar contas à vida
acostumei-me a gostar
me chames tua querida

a certas horas do dia
logo que a sombra cai
meu olhar te acaricia
ao encontro do teu vai

em cada salpico de onda
que me traz o teu amar
é como a lua redonda
que não deixa de brilhar

da solidão faço hino
lágrima é lamento breve
meu coração pequenino
grande amor p'lo teu teve

sem que o vento adivinhe
por ele mando recado
para q' o amor não definhe
ou  me seja penhorado.

natalia nuno
rosafogo

trovas de 1988

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