terça-feira, 5 de janeiro de 2016

versos apagados...




ainda com algum vigor
mas com rosto enrugado
vai escutando com dor
todo o seu ser acossado

com palavras aprendidas
vai repetindo o que sente
simples quadras nascidas
que por ora vêm à mente

memória traz consumida
tão cansada p'los anos
espirais de fumo... vida
do passado... desenganos

solidão e o frio da hora
e do tempo a fugacidade
afoga a tristeza e chora
da ausência nasce saudade

já tudo era ontem...
como a chama do rosto
não digam e nem contem
que já foi luar de Agosto

traz a ideia assombrada
e a tristeza ela encobre
é uma porta dissimulada
já sua  visão é pobre...

seu sonho sua inverdade
mas é seu lar de esperança
com sonho mata a saudade
que traz de trás de criança.

natalia nuno
rosafogo


2 comentários:

Maria Silva disse...

Gostei muito destes seus versos
Abraço

MFG

orvalhos poesia disse...

Nunca é tarde para agradecer, muito obrigada Maria.
Beijinho bom fim de semana.