quarta-feira, 16 de abril de 2014

Linhas de seda...trovas soltas





Trago um lenço cheio de cor
bem dobrado ao meu jeito
com letras grandes «AMOR»
grande como trago no peito

Caem-me lágrimas soltas
a crescerem-me pelo rosto
enxugando-as dou eu voltas
de manhã até ao sol-posto

Quando o dia se faz escuro
noite criadora, preciosidade
torna o viver menos duro
e lá volta de novo a saudade

Alheia me deixo ao coração
é completamente indiferente
nunca quer saber da razão
mas nunca anda contente...

Linhas de seda eu usei
para o teu nome bordar
bordei até que cansei...
hoje não ouso lembrar

Sem te dirigir o olhar
bordei então a letras pretas
com força maior que o mar
minhas lembranças secretas

Pousei agulhas e linhas
dei descanso ao coração
não sei por onde caminhas
manda agora minha razão

Sento na cadeira de palha
dirijo palavras à lua
não há santo que me valha
esquecer q' um dia fui tua

natalia nuno
rosafogo





2 comentários:

Amara Mourige disse...

Olá Natália, outro lindo poema!!
Bjs
Amara

orvalhos poesia disse...

Olá amiga, grata pela visita és uma jóia, breve vou visitar-te.

Beijinhos