quarta-feira, 25 de maio de 2016
sem amarras...quadras soltas
ao sabor do vento norte
deixo-me ir neste cansaço
à espera de melhor sorte
vou borboleta e esvoaço
sou como flor sem espinhos
margarida ou malmequer
no alpendre trago ninhos
e beijos de quem me quer
esta fome de primavera
q' dos olhos agora me cai
é a ânsia de quem espera
amor que vem e logo vai
amores tive, e me perdi
amor minha dor não cura
só a uma raiz me prendi
com este nó de ternura
sentei-me num verso triste
onde a saudade chegou
a lembrar que nada existe
tudo para trás ficou...
natalia nuno
rosafogo
aldeia 19/01/2004
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