sexta-feira, 17 de junho de 2016

óh terra se te não via...



esse resplendor de esperança
que a todos ainda nos cabe
vem de longe desde criança
da m' felicidade é a chave

inda a terra é quem me fala
numa subtil melancolia...
e a saudade no peito se instala
a toda a hora da noite e dia

nos meus olhos a água pura
no peito as sombras do estio
cruzo o verde com ternura
os pássaros trinam com brio

canção de pássaro nostalgia
a frescura do vento nascendo
óh terra se te não via...
fugidia  m' alegria...morrendo.

incendeiam-se as cores no céu
erguem-se salgueiros ao eterno
vem a noite é escuro de breu...
derramam as chuvas é inverno

e os sussurros no salgueiro
plumagens que se agitam 
a calhandra, o melro primeiro
e as rãs  que no rio gritam...

ecos em mim deixou a terra
sem nunca se terem apagado 
entre m´pálpebras se encerra
densas imagens do passado

de repente é dor que percorre
um caldal de tempo na memória
a eterna saudade que não morre
lembranças em tumulto, m' história.

natalia nuno





2 comentários:

Gracita disse...

É saudade que vem como um rio caudaloso enchendo o peito de dor pelas belas coisas vividas e que jamais serão esquecidas
Parabéns amiga Natalia pelo soberbo poema
Um domingo feliz e abençoado
Beijos

orvalhos poesia disse...

Oi querida Gracita, grata pela visita, vamos escrevendo uns poeminhas para nosso prazer e de quem gosta de nos ler...eu adoro fazer quadras e tenho dias que sem contar me saem sem dificuldade, vai-se andando amiga...um grande beijinho boa semana.