segunda-feira, 26 de setembro de 2016

sopro de sombras...trovas soltas




se um barco me levasse
cruzava mãos no regaço
e se o mar me embalasse
adormecia no teu abraço

trago olhos naufragados
de tantas lágrimas verter
no meu rosto  traçados
os sinais deste sofrer

amanhã quando morrer
vais dizer: pobre coitada!
levou a vida a escrever
vai só e ...não leva nada

se uma estrela se apagar
os sinos tocarem dobres
se a morte me embargar
versos deixo mais pobres

e o drama de não saber
e de nem sequer supôr
 amarras me irão prender
se  te deixo por cá amor.

já ouço mochos calados
sussurra o vento. mistério
soam ecos ensombrados
é a morte...não há remédio

natalia nuno


rosafogo

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