quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
o vento sempre me leva...
sou como o dente de leão
que o vento sempre leva
e vou caindo pelo chão
até que a noite se faz treva
até que a noite se faz treva
e é crueldade a solidão
o vento sempre me leva
sou como o dente de leão
e vou caindo pelo chão
sonhos perdidos um a um
cega vou dando tropeção
na poeira sem nenhum
sou como o dente de leão
p'lo vento ao abandono
é tão cruel a solidão...
pálpebras fecho com sono
e assim vou caindo ao chão
como fruto sem sabor
sou como dente de leão
que o vento leva com furor
as pétalas cobrem o chão
meu chão do esquecimento
e é tão cruel a solidão
é negra noite sem alento
até que a noite se faz treva
espera o ardor do vento
esse vento que me leva
e leva-me o pensamento
no silêncio do coração
e no retrato da moldura
sou como dente de leão
caindo na noite escura
trago a ternura fatigada
o corpo o amor procura
de poeta já não sou nada
nem no retrato da moldura
natalia nuno
rosafogo
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2 comentários:
Magnífico poema, parabéns.
Natália, os meus votos de um FELIZ NATAL e de um PRÓSPERO ANO de 2018 repleto de saúde, amor, paz, alegria e de outras coisas igualmente boas.
Beijo.
Obrigada Jaime pela atenção, desejo-lhe igualmente um BOM ANO NOVO, com saúde que é o principal, depois também a paz e o amor. Vamos-nos encontrando nas palavras o que é bom sinal, a vida vai correndo, temos que aproveitar cada momento, escrevendo o que nos vai na alma.
Fico grata também pelo apreço às minhas trovas.
Beijinho amigo tudo bom para si e família.
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