terça-feira, 25 de junho de 2013

à hora do poente



sem saber de mim
procurei por ti
tu ausente assim
eu triste me vi...
 
como andei perdida
na noite sozinha
na solidão da vida
triste ía e vinha...
 
coração ao rubro
de sofrer esqueceu
de sonho o cubro
esperando o teu...
 
curvada ao peso
ao peso da vida
meu olhar surpreso
me vê consumida
 
sou mulher perdida
triste é esta sina
desfolhada p'la vida
esqueço fui menina.
 
há silêncio no peito
paira em mim poesia
sofrida sem jeito
pão de cada dia...
 
à  hora do poente
ainda penso em nós
olho-te meigamente
escuto a tua voz...
 
vai correndo o vento
canção forte e brava
eu sem um lamento
da vida fui escrava
 
esperanças sem fim
se calam na boca
sem saber de mim
 a vida se apouca
 
natália nuno
rosafogo










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