quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

sem palavras...trovas soltas



no vazio da tua voz
há um eco abafado
que vem até mim veloz
com um som indesejado

se o olhar que trocámos
numa hesitação tremente
as palavras apagámos
então que resta da gente?

agora já a noite sobra
e  tudo que me disseste
já nada a gente cobra
talvez o sonho s'desfizesse

o tempo tudo nos esconde
de nada nos serve resistir
onde anda o amor, por onde?
deu frutos tem de seguir!

mas se ouvisse a tua voz
e não o eco que se arrasta
agora que o sol se pôs
e a vida de mim te afasta

ainda olharia para trás
ver-me menina e tu menino
olhando-te me olharás
s' apressarmos o destino

natália nuno 
rosafogo



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