domingo, 6 de novembro de 2011
EXPONTÂNEAS
Neste oceano infindo
Nestas douradas tardes
Já o sol vai desistindo
Nascem no peito saudades.
Flores tadias desabrochadas
São fantasia poética!
Pobres de rimas coitadas
Quadras estas sem métrica.
Vou desfolhando a saudade
Para mim flor singela
Tantos sonhos na mocidade
Essa sim...a flor mais bela.
Passa a noite, passa o dia
Ambos ouvindo meus ais
Ai...quem me reconheceria?
Se já não sou a que olhais.
Sou inconstante como a brisa
Meu olhar é sol a descoberto
A saudade a dor suaviza
De não te ter, amor por perto.
Pego num fio da tarde
E a saudade é escaldante
Não há memória que apague
O brilho dum olhar amante.
Versos são vôo de condor
São tudo o que o coração sabe
O sonho, a existência a dor
Tudo isto no verso cabe.
Bom saborear o ar liberto
Deixar o coração batendo
Morre a tarde o sol por perto
Nem sempre vivo o que entendo.
Ando aqui a esvoaçar
Qual libelhinha distraída
Ou um gafanhoto a saltitar
Carregando aos ombros a vida.
rosafogo
natalia nuno
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário