segunda-feira, 20 de junho de 2011
SOLTAS XXVI
Saia fora da corrida
Quem fôlego não tiver
Que alegre se quer a Vida
Enquanto por cá se estiver.
Já o tempo me arrasta
Não se apieda de mim
Já da Vida me afasta
Teimando levá-la ao fim.
Surge o clarão do luar
Quando a noite chega enfim
Mato a sede de te amar
Quando me apertas assim.
Mas então querem lá ver
És capaz de ter razão!
Deitei tudo a perder
Ao dar-te meu coração.
Havemos de ir à capela
Assim que a gente puder
Chegarei lá donzela
Sairei de lá mulher.
Mas não puxes p'la corda
Que eu posso tropeçar
Raios parta, raios me morda
Se não chego virgem ao altar.
Uma vontade que me anima
Subo, nem muito, nem pouco
Mas quero com esta rima
Meu amor deixar-te louco.
Vai bem boa a desgarrada
Num repente de repente
De amor fico rosada
Mulher morena, ardente.
Mandáste-me calar tremi
-Meus lábios abri a medo
Zangado porque descobri
Me enganavas em segredo.
A cerca de novo pulei
Mas sempre és o culpado
Ao crepúsculo te beijei
Deixei-te agora envergonhado?
Ai aquele tempo de amores
Quando tudo era a nosso favor
Hoje o tempo é de desamores
Que angústia me dás amor.
De amores guardei segredo
Talvez te conte algum dia
Mas amor não tenhas medo
Paixão só tenho p'la Poesia.
Ai...ser jovem quem dera!
Ter inspiração e doce amor
Oh Mocidade, Primavera
Sinto-te em cada flor.
Já não sou rosa em botão
Mas abro ao sol isso sim!
Já fechei meu coração
Já secou o meu jardim.
A estrelejar passo o dia
Para que não me falte luz
Dantes tão bem que te via
Já te não vejo...ai, Jesus!
De sonhos ando despida
Só tenho um canto a saudade
No meu jardim ela é vida
Flores trazidas da Mocidade.
rosafogo
natalia nuno
imagem-blog para decoupage
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