quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

QUADRAS SEM RUMO


QUADRAS SEM RUMO

Faço esta quadra ditosa
De belos sonhos vestida
Mas logo a Vida invejosa
Me leva um dia de Vida!.


Me deito e ao travesseiro
Repito queixas sentidas
O sono me pega ligeiro
Ficam as mágoas perdidas.


E sempre o sonho me conforta
Trazendo-me à alma a esperança
Mais uma noite, que importa?!
Se no sonho sou criança?!


Eu sei que sonhos são loucos
E que a Vida é quase nada
Sonhos já são tão poucos!?
E a Vida já está passada...


Assim, escrevo quadra singela
Deixo-me assim descuidada
Se viver é coisa bela!?
Quero viver descansada...


Sinto na alma um descrer
P'la estrada que vou trilhando
Já foi caminho de prazer
De saudades o vou lembrando.


Meus olhos estão chorando
São duas gotas de orvalho
Caídas de quando em quando
Dum lencinho é que me valho.


Nas vidraças cai o granizo
Pedrinhas caídas do Céu
Também cai o meu sorriso
Pedras a Vida lhe deu!


natalia nuno
rosafogo

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