sexta-feira, 21 de outubro de 2011

MEU MAR



Vim de novo ver o mar
Velas perdidas na distância
Meu sonho belo veio povoar
Olhei com saudade a infância.


Ao mar vim contar as mágoas
Soltá-las nas águas profundas
Que se fiquem nas fundas águas
Esquecidas em águas fundas.


O mar me responde em canto
Que só quem sonha é feliz
Rendilhadas ondas de encanto
Sonhar já nada me diz!


O mar também ele chora
Doces queixumes de amor
Ergue os braços vai embora
Força tamanha é a dor.



Teu azul igual ao do espaço
Mostram-me a luz da verdade
Nos unimos num forte abraço
E seguimos com saudade.


Ao ver o que o tempo levou
Ficam minhas mãos vazias
Desditoso o mar chorou
Sabendo acabados meus dias.


Diminuto coração
Nem o mar o reconhece!
Só a fé é resolução
Mais o sol que o aquece.


Imorredoira solidão
Que torna a vida um deserto
Vida é promessa e maldição
A morte já vem por perto.


Descobre o sol  já é dia,
Aqui silenciosa humildade,
Ai quem me reconheceria?
Se o mar de mim tem saudade.


Teu azul igual ao do espaço
Mostram-me a luz da verdade
Nos unimos num forte abraço
E seguimos com saudade.


natalia nuno
rosafogo

4 comentários:

Unknown disse...

Já dizia Charles Baudelaire :

"Homem livre, tu sempre gostarás do mar."

Beijo e bom fim de semana.

Fernanda M. Mesquita disse...

eu tambem sinto muitas saudades do mar. de viver perto dele. bonito o que escreveu. nunca mais consegui entrar no cantinho da poesia, nao sei o que se passa. tenho pena, mas fico feliz por ler os seus poemas aqui

orvalhos poesia disse...

Obrigada Manuel és muito gentil, com tua presença assídua.

Bem hajas

beijinho boa semana.

orvalhos poesia disse...

Olá amiga Fernanda, que bom saber-te minha leitora, fico muito feliz.
Quanto ao cantinho, eu penso que vai voltar estou a aguardar também, penso que há por lá problemas que estão a tentar resolver.

Beijinho, agradeço a tua gentileza.