não quebrei o juramento
de escrever doce canto
trago na voz triste pranto!
germina o sonho por dentro
de tarde escrevi com jeito
mal o li logo o guardei...
pra que não saísse do peito
o sonho que embalei...
diversas são minhas horas
as felizes já passadas...
outras virão sem demoras
de promessas acalentadas
a escrever sempre me ajeito
escrevo então doce canto...
sobre um amor perfeito
ao jeito que inda acalanto
se o canto me trouxer pena
e lágrimas eu verter tanto
à Senhora farei novena...
para que me enxugue pranto
amor que me tens proposto
está enfermo sem remédio
desgosto sobre desgosto...
causa de cansaço e tédio
canto a fome mais a sede
uma lágrima sentida corre
a insónia não se despede
meu canto por aqui morre.
natalia nuno
rosafogo
imagem da net
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